O secretário da Fazenda (SC) Paulo Eli rebateu as críticas ao projeto de criar uma rodovia estadual paralela à BR-101 entre Biguaçu e Joinville. Na última segunda-feira (6), no programa Conversas Cruzadas da CBN Floripa e Joinville, o secretário-executivo da Câmara de Transportes e Logística da Fiesc, Egídio Martorano, afirmou que o Estado deveria estar focado em resolver os problemas emergenciais no curto prazo, como o trecho da rodovia entre Itajaí e Itapema, já completamente saturado.

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Veja os três traçados da nova rodovia para desafogar a BR-101 em SC

— A ideia é louvável, mas os custos envolvidos nessa nova estrada que o governo catarinense quer fazer são muito altos.  O governo já pagou R$ 600 mil para o estudo de viabilidade e vai pagar mais R$ 14 milhões no edital do projeto de engenharia. Não precisava gastar esse dinheiro, poderia ter feito uma Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) e buscar uma concessão. Essa obra tem o perfil ideal para uma concessão — defendeu Martorano.

Em contato com a coluna, Eli explicou que a proposta da nova SC foi estruturada pela Secretaria da Fazenda como um Novo Corredor Logístico e Industrial de Santa Catarina.

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— A nova estrada ficaria bem na linha do gasoduto Gasbol (gás natural) da Bolívia e das linhas de transmissão de energia. O estudo mostra que é viável e não quer dizer que nós iremos fazer tudo. Iremos lançar o edital de engenharia e depois ver qual será a modelagem. É um projeto muito importante para a economia do estado —  afirma o auditor da Fazenda e secretário da pasta.

O governo Carlos Moisés estabeleceu a infraestrutura como prioridade. Paulo Eli disse que a ampliação da logística de transportes representa redução de custo de frete, mais investimentos, maior competitividade catarinense e a arrecadação gerada com isso supera o investimento na obra.

Dinheiro

O governo estadual precisa pagar apenas mais duas parcelas de um financiamento contraído em 2013 junto ao  Bank of America. Depois disso, garante Eli, os cofres públicos terão U$ 110 milhões de dólares por ano para investir, pois o empréstimo será quitado.

— Nós temos dinheiro — concluiu.

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