Não há mais nenhum sentido em proibir a permanência das pessoas nas praias catarinenses. O feriadão de Finados provou mais uma vez que as pessoas estão cansadas, não respeitam mais a regra de não ficar na areia e como é insuficiente a fiscalização das prefeituras. Lamenta-se, entretanto, que o final do feriado de sol e praia foi marcado por um ato covarde de agressão contra a equipe da NSC TV, na praia do Campeche, em Florianópolis.
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O final de semana mostrou praias lotadas de pessoas se divertindo. Falta coerência em quem estabeleceu as normas. Num primeiro momento fazia sentido restringir. Agora, quanto mais o tempo passa e com o calor chegando fica mais difícil controlar o comportamento das pessoas.
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O correto a ser feito é liberar a permanência nos balneários e recomendar o uso da máscara, o distanciamento social e evitar aglomerações. Uma campanha de conscientização a respeito poderia ajudar. A norma como está posta hoje caiu no ridículo. No dia 19 de setembro, a colega Dagmara Spautz já apontava o desrespeito às normas e decretos.
Essa medida não é recomendada apenas porque não se consegue fiscalizar, claro que não. Mas é algo racional e baseado no contexto do comportamento das pessoas.
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Faz sentido liberar bar onde eu possa reunir amigos no entorno de uma mesa e beber num ambiente fechado e não poder estar na praia com a minha família?
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O estágio da pandemia preocupa. O crescimento de casos é uma realidade. Precisamos focar numa política de redução de danos e na praticidade. O que ocorre na Europa serve de alerta e a tendência é que o mesmo se dê por aqui. Não há receita pronta sem remédio ou vacina.
É preciso equilíbrio.
As restrições serão maiores quanto maior for a irresponsabilidade das pessoas que fazem os números piorar.
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