Os lojistas catarinenses reagiram à opinião do infectologista Eduardo Campos Oliveira, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), que defendeu no programa CBN Total desta quarta-feira (17) o fechamento do comércio para conter a pandemia. O procurador jurídico da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL), Rodrigo Titericz, afirmou que “os que cumprem as regras não podem pagar por aqueles que não as cumprem””, e cobrou fiscalização do Poder Público nas festas clandestinas e nas aglomerações.
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A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis foi na mesma linha e divulgou nota sobre o assunto:
O que falta?
A insistência de uma parcela da sociedade em participar de festas irregulares e passeios às praias que geram aglomero e que transmitem demasiadamente o novo Coronavírus é inadmissível. Resultado de tamanha irresponsabilidade coloca em risco à própria vida dos familiares e, principalmente, de todo um setor produtivo que gera emprego e renda.
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A atividade econômica da Capital Catarinense tem transformado as dificuldades em oportunidades para que ocorra a retomada econômica. Tem realizado fielmente as exigências sanitárias, segurança e distanciamento para preservar os colaboradores, bem como os consumidores.
Ainda assim, cumprindo com tudo que determina a lei, o comércio é continuamente alvo de penalidades severas, que num passado não tão distante resultou em milhares de empresas fechadas e de famílias desempregadas. E a culpa é de quem? De quem cuida e preza pela vida ou de quem está curtindo os festejos aglomerados?
É bem certo, que a contaminação em massa da doença não ocorre nos estabelecimentos comerciais de produtos e de serviços, mas sim, nas baladas irregulares que ocorrem diariamente em diversas regiões do Estado de Santa Catarina e nas faixas de areias que estão superlotadas.
Prova disso, é que quando o comércio fechou as portas com o “intuito de conter a pandemia”, a doença continuou avançando, levando entes queridos e alcançando a margem de 96% de ocupação dos leitos hospitalares.
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Não será com aplicação de mais medidas restritivas nas atividades econômicas que impedirá o avanço da contaminação. É preciso pontuar os dados e agir no foco do problema. A corrida é contra o tempo e, tempo, é algo que não temos a perder com pensamentos de “achismos ou ponderações pessoais” de especialistas que “acham” que o problema é o comércio e ignoram que a proliferação do vírus ocorre na falta de cuidados e nas aglomerações.
O que falta então? Falta empatia com o próximo e acima de tudo, mudança na postura do Poder Público para fiscalizar com afinco as praias e as baladas ilegais que ocorrem em todos os cantos da Cidade.
Confira a entrevista com o advogado Rodrigo Titericz, procurador jurídico da FCDL:
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