Santa Catarina, apesar de enfrentar estiagem desde 2019, vive com uma mentalidade ultrapassada no trato com a água. Somos “vítimas” da cultura de abundância em um Estado rico em belezas e recursos naturais. A solução encontrada sempre esteve baseada em mais captação e cada vez mais longe. Evidente que o crescimento das cidades e da população forçam investimentos permanentes em novas estações de busca de água, mas nosso modelo não pode se basear somente nisso.
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Atualmente, 70 cidades estão com a situação hidrológica em “atenção”, 18 em “alerta” e duas em “condições críticas” (Coronel Martins e São Miguel do Oeste), no Oeste catarinense.
>Estiagem em SC: racionamento de água é descartado
O Conselho Estadual de Saneamento irá lançar nos próximos dias a Política de Reúso da Água em Santa Catarina. Serão ações na área de engenharia, construções, planejamento e conscientização.
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Não faz mais sentido que a mesma água que a Casan diz estar apta para o consumo humano seja utilizada no vaso sanitário. Na Califórnia, por exemplo, há dia e horário para molhar plantas e lavar carro. Até o tipo de planta que consome menos água é indicado.
É preciso avançar neste debate, fazer inncentivos tributários para construções sustentáveis, ter mais eficiência nas empresas de saneamento, cobrar os abusos e desperdícios feitos por consumidores, trabalhar a conscientização e coibir “gatos”, fraudes e vazamentos no sistema.
Ouça entrevista com Leonardo Porto Ferreira, Secretário-executivo de Meio Ambiente (SC):
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