Era inevitável. O evento ficou maior do que Florianópolis e o RD Summit, o maior encontro de marketing, vendas e inovação do país, deixou a cidade e escolheu São Paulo para sediar as suas próximas edições. A informação foi revelada pela repórter Fernanda Mueller nesta quarta-feira (14).
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Na última edição, participaram mais de 12 mil pessoas e mais de 70% vieram de fora de Santa Catarina. São pessoas que ficaram hospedadas em nossos hotéis, circularam, consumiram em lojas, bares e restaurantes. O gasto médio por participante, por dia, na cidade, com hospedagem, transporte e alimentação foi estimado em torno de R$ 700. Com isso, a receita do evento na cidade girou em aproximadamente R$ 25 milhões.
Esse dinheiro não ficará mais aqui. Deixará de existir. Evento significa emprego, geração de tributos que aumentam a arrecadação que serve para entregar serviços à população, como médico em posto de saúde e vaga em creche.
O RD sai de Florianópolis pelo mesmo motivo que há décadas o Future Com deixou a capital: a falta de infraestrutura. Naquela época, era a falta de voos regulares e de um bom aeroporto. Hoje, esse problema foi superado, mas quando o evento fica maior do que a cidade pode suportar e ele precisa se expandir, ele vai embora. Foi o caso do RD, que estava na base da “solução puxadinho” com coberturas de lona no estacionamento do Centro Sul para conseguir receber a todos.
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A grande questão é que não temos uma arena e centro de convenções para eventos do porte que o RD quer ser e de tantos outros. O desafio tem uma equação matemática muito simples. Como na imensa maioria dos eventos da cidade não há a necessidade de grandes estruturas, para se ter um espaço maior é preciso que ele se pague, e o investidor só irá construir algo assim se a conta fechar.
Essa é a matemática que a cidade precisa fazer.
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