O edital para exploração de petróleo em águas catarinenses tem sete empresas concorrentes. A última companhia inscrita para a 17ª Rodada de Licitações de Blocos de petróleo e gás natural é a australiana Karoon Petróleo e Gás Ltda. Já estão na concorrência a Petrobras, Chevron Brasil Óleo e Gás Ltda (EUA), Shell Brasil Petróleo Ltda (anglo-holandesa) TotalEnergies EP Brasil Ltda (francesa), Ecopetrol Óleo e Gás do Brasil Ltda (Colômbia) e Murphy Exploration & Production Company (EUA).

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O leilão está marcado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para o dia 7 de outubro e irá ofertar 92 blocos com área total de 53,93 mil km². Os blocos estão localizados em quatro bacias sedimentares marítimas brasileiras: Campos, Pelotas, Potiguar e Santos. A Bacia de Pelotas é voltada para o litoral catarinense. O bloco mais próximo está à distância de 90 quilômetros da costa, e o mais longe, a 200 quilômetros.

O assunto que envolve bilhões de reais provoca reações de ambientalistas. Uma pesquisa feita pelo Instituto Internacional Arayara indica que podem ser perdidos até 300 mil empregos da cadeia produtiva da pesca em Santa Catarina, caso seja instalada a logística para exploração de petróleo e gás natural no litoral de Santa Catarina.

Técnicos do assunto, entretanto, dizem que não há motivos para que deixemos de utilizar essa matriz energética e que pode render bilhões de reais em royalties. O professor Daniel Bettú, do Departamento de Engenharia de Petróleo da Udesc, em Balneário Camboriú, diz que nos próximos 20 anos haverá, ainda, uma demanda crescente de 20% por petróleo.

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“É saudável a migração do setor energético global para fontes renováveis, mas nas próximas décadas é inevitável que novas descobertas ocorram para que não haja escassez energética e de matéria prima para inúmeros produtos, incluindo matéria prima para os sistemas de geração renováveis. Cabe à indústria adotar as melhores práticas para que a exploração e produção de petróleo seja realizada adequadamente, com segurança ambiental, humana e das estruturas necessárias à produção”, afirma.

>Extração de petróleo mais próxima de SC ficará a 90 km do litoral

Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, diz que o petróleo hoje tem uma tecnologia avançadíssima. “Não é mais aquela imagem  de uma bomba no meio do deserto jorrando óleo para tudo quanto é lado. Hoje existem normas bem exigentes e as regras precisam ser cumpridas e feitas as suas compensações. Com estas regras cumpridas a extração é muito segura”, diz.

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