A expectativa pela vacina pode provocar um relaxamento nos cuidados de prevenção ao novo coronavírus. A linha de raciocínio é a de que as pessoas já estão com uma projeção de proteção imunizante, mas que ainda não está efetivada. Em função disso, possam se descuidar dos procedimentos básicos para evitar o contágio, como máscara e distanciamento. A opinião é do médico psiquiatra Ercy Soar.
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— A vacinação vai ocorrer lentamente e pode sim relaxar os mecanismos de controle que temos. O medo deu lugar ao cansaço. Antes vivíamos a epidemia do coronavírus e, pior mas necessária, a pandemia do medo. Agora, algumas fantasias catastróficas já passaram, mas é necessário que se mantenha o trio básico: máscara/mãos limpas/distanciamento. O prolongamento da crise leva a mecanismos de adaptação perigosos, e isso leva à banalização do medo. A vacina precisa ser pensada como um remédio para o corpo social: teremos de atingir níveis de imunidade coletiva para que tenhamos paz e proximidade física novamente. Será preciso paciência ao longo de todo o ano — explica o médico
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O secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, afirmou nesta sexta-feira (8) que espera, “em um cenário otimista”, começar a vacinação contra o coronavírus em SC no final de janeiro, e “na pior das hipóteses” na primeira semana de fevereiro.
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