Na Alemanha, o cidadão não terá o lixo recolhido caso os resíduos não estejam devidamente separados. O proprietário do imóvel ainda recebe uma multa. Demais nações da Europa impõem  as mais variadas restrições e exigências para o uso de sacolas plásticas. A existência de aterros sanitários, em países escandinavos, é considerada um símbolo do atraso. Para os chamados representantes do reconhecido Estado de bem-estar social, atualmente, é inadmissível ainda que tenhamos aterros sanitários.

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Segundo eles, as sociedades e os governos precisam dispor de um mecanismo de reaproveitamento total de resíduos, seja como fonte em matriz energética, adubo ou reciclagem de insumos para matéria prima voltada à indústria.

São exemplos que mostram o tamanho do atraso brasileiro. Não faz muito tempo, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) conduziu um belo trabalho de cobrança e conscientização para que as 295 prefeituras catarinenses dessem destinação adequada de resíduos em aterros sanitários que atendessem às normas sanitárias e ambientais.

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Em números de 2019, 29 milhões de toneladas de lixo foram descartadas de maneira incorreta no Brasil —40,1% do total produzido. Ao menos 3.000 dos 5.570 municípios do país mantinham lixões a céu aberto, e quase metade deles ainda utiliza os locais para depositar resíduos sólidos, segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).

O nosso descompasso temporal em relação ao primeiro mundo tem 100 anos de atraso. Enquanto que os países desenvolvidos já resolveram as questões básicas, como saneamento, infraestrutura, saúde, educação e renda mínima da população, aqui, há ainda uma estrada longa.

Isso explica, também, porque a eleição no Canadá aponta a emergência climática como prioridade do eleitor. É porque o resto eles já resolveram, e nós não.

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