O ex-governador de Santa Catarina, Jorge Konder Bornhausen (1979-1982), afirma que não teve participação na elaboração da carta articulada pelo ex-presidente Michel Temer e assinada e divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (9). A “Declaração à Nação” foi um recuo de Bolsonaro após os atos de 7 de setembro em que o presidente afirmou que não iria respeitar decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Nesta quarta-feira (8), Bornhausen almoçou, em São Paulo, com o ex-presidente. “Eu não tive nenhuma participação na elaboração da carta. Sou amigo do Temer. Na quarta-feira nós almoçamos e conversamos, mas eu não levantei essa hipótese. Eu percebi que o Michel estava preocupado com os atos que foram pouco corretos e pouco pensados do presidente, o que mostra a falta de um equilíbrio mental do presidente”, disse o ex-governador.

JKB não considera risco imediato de golpe no país e quebra institucional. “Não considero esse risco imediato, espero que o presidente possa exercer a sua função e que pare com ações negacionistas e com a pregação de um golpe, que ele use máscara, se vacine, comece a trabalhar e a dar bons exemplos e não fazer campanha todos os dias. Que trate do desemprego, que cuide da escola pública que está jogada e sem aulas aumentando o desequilíbrio social”, afirmou.

Bornhausen acredita que há espaço para o surgimento da chamada terceira via.

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“Creio que surgirá um candidato que possa dar esperança sobre o futuro. Que não seja a continuidade do presente de desastre com o atual presidente e nem a volta de quem deixou a corrupção invadir todo o governo”.

Ouça a entrevista de Jorge Bornhausen ao programa CBN Total desta sexta-feira (10):

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