A pandemia traz um efeito devastador na educação brasileira. Desde o ano passado, no início da pandemia, a maior parte das atividades presenciais foi suspensa e agora, com a retomada que está em andamento, muitos alunos não retornaram às escolas. 

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“Os dados são alarmantes. Problemas no acesso e na permanência dos alunos de 4 aos 12 anos não eram mais comuns no Brasil. A evasão escolar agora é assustadora. Muitos jovens sumiram, desistiram da escola por vários motivos, como não conseguir acompanhar as aulas online”, explica a professora da Udesc Geovana Lunardi e presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd).

Ela acredita que o problema se dá de forma mais concentrada na escola pública e cabe aos governos irem atrás destes estudantes. A Secretaria de Educação (SC) informa que ainda não possui os dados do censo escolar, parâmetro e indicador oficial para apontar o abandono escolar. O Inep vai divulgar esses números no segundo semestre.

O Indicador de Permanência Escolar, lançado nesta segunda-feira (31) pelo Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) mostra que Estados que ainda continuam sem aulas presenciais já registravam, mesmo antes da pandemia, as mais altas taxas de adolescentes fora da escola. Em todo o país, 18% dos jovens de 16 e 17 anos estavam sem estudar em 2019. A informação foi revelada pelo jornal Folha de São Paulo.

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” Os dados do Indicador de Permanência Escolar, lançado no dia 31 (hoje) pelo Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), com base nos dados do Censo Escolar, informa que dos 15 estados com taxa de jovens fora da escola mais alta do que a média do país, 11 ainda não retornaram com aulas presenciais nas redes públicas. Santa Catarina tem um dos indicadores mais baixo, isso se deve ao retorno gradativo das aulas presenciais ocorridas desde o ano passado e ao esforço conjunto entre MPSC, TCSC, UNDIME e SED em criar mecanismos para busca ativa constante. A Undime vem trabalhando com os dirigentes municipais sobre a necessidade de ações efetivas para evitar o aumento de alunos que saem da escola, principalmente no momento em que estamos passando onde a pandemia trouxe suspensão prolongada das aulas bem como os impactos na economia em que muitas famílias tiveram perda de sua renda familiar.”, informou Patrícia Lueders, secretária de educação (Blumenau) e presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-SC). 

Ouça a entrevista com a professora da Udesc Geovana Lunardi:

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