Santa Catarina é o estado da inovação. O ecossistema de tecnologia catarinense tem reconhecimento nacional e internacional. Mesmo assim, não é o suficiente para garantir ensino a distância a todos os estudantes durante a quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus. A Universidade Federal de Santa Catarina alega que as aulas não são ministradas virtualmente porque tem um público heterogêneo, em que nem todos os alunos têm acesso à rede de internet e equipamentos adequados. Uma portaria do reitor suspendeu as atividades por 30 dias, inclusive de ensino a distância (EaD). A UFSC, com orçamento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão possui uma Secretaria de Educação a Distância.
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A Udesc, que em 2019 teve um orçamento de R$ 467 milhões, vai na mesma linha e diz que o assunto “está sendo estudado” e que nenhum aluno pode ficar de fora.
Enquanto isso, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) retomou as atividades, de forma gradual, no dia 23 de março, com aulas em ambientes virtuais de aprendizagem na educação básica (Colégio de Aplicação), graduação e pós-graduação.
A secretaria estadual de educação montou um sistema de aulas a partir de segunda-feira (6) em que combina entrega de material em casa para alunos sem internet e computador; e EaD para alunos que tenham essa possibilidade.
A desigualdade social é o argumento utilizado para não aplicar o EaD na universidade pública nesse período. De fato, não há política pública no sentido de ofertar uma uma condição especial ao aluno para ele ter na própria casa internet rápida e equipamento adequado.
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A partir do momento em que as políticas de cotas foram implementadas, deveria haver um suporte necessário a estes alunos. Sem isso, a universidade pública optou em ser mais um centro de cidadania do que um centro de excelência.