Seguindo o rito após cortes orçamentários, o dia seguinte foi marcado por notas de críticas de entidades e políticos. Nesta quarta-feira (26) foi a vez da Associação Empresarial de Joinville (Acij) e da Federação dos Transportadores de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc) se posicionarem contra o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) a R$ 43 milhões previstos no orçamento da União para rodovias federais de Santa Catarina.

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Diferentemente das demais entidades do setor produtivo que divulgaram notas públicas, a Acij encaminhou um ofício diretamente ao presidente Jair Bolsonaro. 

— Os cortes atrasam ainda mais obras de infraestrutura que são fundamentais para manter e melhorar a competitividade das empresas instaladas em Santa Catarina — disse o presidente da Acij, Marco Antonio Corsini.

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Nesta quarta-feira (26), o ministro de Infraestrtrutura, Tarcísio Gomes de Freitas antecipou a audiência que teria no dia 8 de março com a bancada catarinense em Brasília. O encontro, agora, será na próxima semana, no retorno das atividades do Congresso Nacional. A informação é do gabinete do senador Esperidião Amin (PP).

Ouça a entrevista com o presidente da Acij, Marco Antonio Corsini:

Leia a nota da Acij:

A Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) manifestou ao presidente da República, Jair Bolsonaro, a frustração do setor produtivo com vetos presidenciais que reduziram em R$ 43,2 milhões o orçamento previsto para rodovias federais em Santa Catarina em 2022.

“Os cortes atrasam ainda mais obras de infraestrutura que são fundamentais para manter e melhorar a competitividade das empresas instaladas em Santa Catarina”, lamenta o presidente da ACIJ, Marco Antonio Corsini.

Dos nove projetos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) afetados pelos vetos publicados nesta semana no Diário Oficial da União, quatro envolvem estradas catarinenses: BR-280, BR-470, BR-163 e construção de marginais no trecho antigo da BR-101 no Sul do Estado.

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Em ofício enviado ao presidente da República, a entidade que representa o maior PIB de Santa Catarina e a terceira maior economia da região Sul do Brasil critica a ação do governo federal e cobra soluções.

“Não queremos Estado máximo nem Estado mínimo. Queremos um Estado necessário”, diz o ofício da entidade empresarial.

“Confiamos que a decisão será revista por Vossa Excelência, por meio de suplementação orçamentária própria e/ou abertura de créditos que compensem os vetos que impactam negativamente na economia catarinense”, conclui o presidente da ACIJ.

Confira a nota da Fetrancesc:

Cortar R$ 43,2 milhões do orçamento de infraestrutura para as rodovias federais catarinenses, o equivalente a 24% dos R$ 177 milhões a menos no Orçamento da União para a pasta, é reduzir, acima de tudo, a perspectiva de desenvolvimento econômico e sustentável de um dos Estados que mais contribui para o progresso do País – o 3º PIB per capita, 6ª maior arrecadação entre os Estados e a 24ª no retorno dos recursos em infraestrutura.

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Enquanto representante das empresas do Transporte Rodoviário de Cargas de Santa Catarina, atividade essencial para a garantia e manutenção do abastecimento e uma das mais prejudicadas diretamente com a falta de investimentos em infraestrutura, o Sistema Fetrancesc entende tal corte como uma desconexão com as necessidades catarinenses para a garantia da qualidade de vida dos cidadãos e o desenvolvimento do próprio País.

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