O Grupo Berlanda recebeu nesta semana um reconhecimento nacional por seu trabalho de ressocialização de detentos do sistema prisional catarinense. A empresa foi agraciada com o Selo Resgata, entregue pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senapen) a empresas que empregam pessoas em privação de liberdade. O empresário e deputado estadual Nilso Berlanda (PL) viajou a Brasília para receber a premiação. Ele estava acompanhado pelo secretário estadual de Administração Prisional, Carlos Alves.

Continua depois da publicidade

Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total

— Nosso projeto na Penitenciária da Região de Curitibanos, em São Cristóvão do Sul, é um exemplo vivo de como o trabalho dentro do sistema penal pode transformar vidas, gerar empregos e contribuir significativamente para a segurança pública e a prevenção à criminalidade. É uma prática sustentável e socialmente responsável nesse contexto — afirmou o empresário após a premiação.

O projeto de ressocialização do Grupo Berlanda ocorre desde 2009 e já beneficiou mais de 10 mil detentos na Penitenciária de São Cristóvão do Sul. Além do reconhecimento da Senapen, a iniciativa também recebeu outras condecorações, como o Prêmio Innovare, em 2019, considerado o maior do Poder Judiciário Brasileiro.

Como funciona o projeto?

O projeto de ressocialização é voltado para detentos que tiveram bom comportamento nos últimos 12 meses, antes da entrada nas atividades laborais. Com o trabalho, todos ganham um salário e têm suas penas reduzidas, pois a cada três dias trabalhados, o detento diminui um dia da pena. Alguns detentos, quando deixam a prisão, são contratados pela própria Berlanda.

Continua depois da publicidade

— Oferecemos essa oportunidade a todos, pois também é uma chance para não voltarem a praticar crimes quando em liberdade. Isso tem dado certo, temos vários exemplos de ex-detentos que saíram de lá empregados, com dinheiro na conta e com assistência da própria família, já que parte do salário recebido também é destinado à família — explica Nilso Berlanda.

A ressocialização de detentos no Brasil

De acordo com a Senapen, em todo o Brasil, apenas 24% dos presos trabalham. Embora o 14º Ciclo de Levantamento de Informações Penitenciárias, divulgado em 2023, aponte um aumento de 9,58% na oferta de atividades educacionais no sistema penitenciário brasileiro, além de 154.531 pessoas presas exercendo alguma atividade laboral, há uma necessidade de ampliação dessas ações, já que o número total de custodiados no Brasil é de 644.794.

Segundo Nilso Berlanda, em Santa Catarina, o Governo pretende ampliar iniciativas de ressocialização, permitindo que em um futuro próximo, 100% dos detentos exerçam uma atividade laboral.

Leia Mais

Patê de Ovas de Tainha é destaque em feira gratuita em Florianópolis