Uma situação marcante no debate com os candidatos ao governo de Santa Catarina, realizado na manhã desta terça-feira (16), pela CBN Floripa e Joinville, foram as inúmeras referências ao presidente Jair Bolsonaro e o “esquecimento” do candidato Lula.

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Apenas o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Décio Lima, fez inúmeras citações ao ex-presidente no debate. Lima criticou a falta de reciprocidade do governo federal com Santa Catarina e exaltou que no período do governo Lula os repasses para o Estado eram bem superiores. O curioso é que os candidatos que querem colar no bolsonarismo não rebateram ou mesmo citaram o nome de Lula.

A explicação é simples. O adversário preferido de todos os candidatos é enfrentar o PT em um provável segundo turno.

— Eu sou o adversário dos sonhos em um segundo turno — disse à coluna Décio Lima, após o debate.

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Evidente que quem está no governo e busca a reeleição torna-se vidraça ao natural. Não foi por acaso que Carlos Moisés (Republicanos) foi criticado de “omisso” por Esperidião Amin (PP), Ralf Zimmer (Pros) cobrou mais transparência, Gean Loureiro (União Brasil) criticou aumento de alíquota tributária (negada depois por Carlos Moisés) e Jorginho Mello (PL) apontou falhas na gestão na saúde.

O interessante a ser notado é que a estratégia dos candidatos, agora, é tirar Carlos Moisés do segundo turno. A interpretação é que um suposto antipetismo em Santa Catarina pode fazer a diferença para quem enfrentar Décio Lima.

Aí sim, num segundo turno em Santa Catarina, com a presença do PT na corrida ao Centro Administrativo, certamente Lula estaria na pauta novamente.

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