Atuo no no jornalismo profissional há quase 30 anos. Foram inúmeras coberturas de eleições. Ainda estagiário em jornalismo na Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, cobri a corrida eleitoral onde o voto ainda era de papel. Aquela bagunça e demora.

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Ah, mas por qual razão não existe ainda o voto em papel ou impresso ? Pelo simples motivo que o Brasil foi pioneiro no mundo em desenvolver a urna eletrônica amplamente testada, aprimorada, auditada e confiável. Através dela, se elegeram Bolsonaro, Lula e Dilma, por exemplo.

As instituições sérias do país e do exterior confiam no sistema. E o brasileiro bem informado também. Mas, por qual razão nenhum outro país utiliza a urna eletrônica, dirão seus críticos? Pelo simples motivo de que eles não precisam. A urna eletrônica é plenamente confiável, seu resultado será respeitado, independentemente de qual resultado.

Infelizmente, pela primeira vez o domingo de eleições é marcado pela apreensão e até por algum receio. Vivemos um grau tão grande de intolerância com o diferente que há risco sério de que encontros de grupos opostos de apoiadores não terminem bem e tenhamos casos de violência. Torço para que mais mortes não ocorram.

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Mortes idiotas, fruto da ignorância. Da mesma forma que torcidas rivais se matam no futebol, é intolerável o cidadão não conseguir conviver em harmonia com eleitores que pensem diferente de você.

De uns tempos para cá, amizades sólidas foram desfeitas, familiares brigaram por estarem possuídos pelo fanatismo cego de suas convicções, muitas vezes fruto de distorções produzidas por uma usina forte de destruição de reputações, que vem, muitas vezes, dos próprios candidatos e seus grupos de apoiadores.

A eleição deste domingo, assim, não é mais um dia normal como sempre foram as eleições: pessoas  iam votar e o que de mais grave ocorria era denúncia de compra de votos, sujeira nas ruas com os santinhos e transporte irregular de eleitores e uma ou outra urna que precisasse ser substituída.

O clima belicoso tira a alegria deste domingo. O que antes era um dia de folga, de curtir a família, ir à praia, parque, praça, almoçar com a família e antes ou depois disso ir votar, tem esse componente indesejado como novidade: a apreensão com o clima tenso e violento entre eleitores radicais.

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Que o Brasil supere este domingo com paz e que o resultado das urnas seja respeitado, independentemente do vencedor.

O Brasil precisa distensionar.

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