O candidato ao governo de Santa Catarina Ralf Zimmer (Pros) trouxe a proposta no debate da CBN Floripa, na última terça-feira (16), de transformar a Casa d’Agronômica em um hospital para ajudar a zerar a fila das cirurgias eletivas. A intenção que parece boa merece uma reflexão mais cuidadosa.

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Pode-se discutir a questão do custo histórico de manter aquela estrutura enorme com servidores, militares, jardinagem e alimentação. Muitas vezes, é verdade, em nome da segurança institucional, falta transparência para se saber de que forma o gasto é feito e o seu montante.

Outro ponto é a localização privilegiada. A cidade que é carente de áreas verdes de lazer (já foi pior, é verdade) poderia ter ali na residência oficial do governador uma área de parque público, museu e um café ou restaurante.

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Na linha de desativar a residência oficial do chefe do Poder Executivo estadual, o parque faz mais sentido do que um hospital. Até porque o problema da saúde pública não é falta de hospital, é falta de gente para trabalhar nas unidades e ativar os leitos ociosos. Além disso, já existe o projeto de construir um novo complexo reunindo várias unidades atrás do Hospital Infantil Joana de Gusmão.

É preciso ter cuidado com ideias que trazem um pensamento mágico e flertam com o populismo. A reflexão é válida, mas é importante destacar que a Casa d’Agronômica é mais do que uma residência oficial. Lá são realizadas reuniões diárias, o governador utiliza o espaço para receber autoridades, Embaixadores e empresários com interesse em investir em Santa Catarina.

Mobilizar um espaço todo o dia para estes encontros e recepções talvez provoque até mais custos financeiros e logísticos do que manter a estrutura atual.

E se a Casa d’Agronômica virasse um hospital ?

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