O morador de Florianópolis que participou da enquete na rede social do prefeito Topázio Neto sobre impedir o uso do carro entre a Catedral e a Praça XV acerta em querer “dinamarquizar” a cidade. Uma cidade mais humana, para as pessoas, com mais passeios públicos e menos veículos, no modelo implementado já há muito tempo em Copenhague, na Escandinávia, através do arquiteto Jan Gehl.
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Na consulta, cerca de 80% das pessoas optaram por deixar o trecho apenas para ônibus, vans escolares e táxis. O calçadão será, predominantemente, dos pedestres.
FOTOS: Revitalização do Centro de Florianópolis terá restrição para carros
Na enquete realizada, 10.447 pessoas votaram pela restrição dos carros de passeio neste trecho do Centro Histórico que está sendo revitalizado e liberado aos poucos. Outras 2.587 pessoas desejam que os carros não tenham restrição de tráfego.
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A restrição de carros, com mais calçadões nos centros das cidades e regiões históricas, é muito utilizada na Europa, como disse o prefeito. Lá, aplicam, ainda, pedágio urbano e estacionamento privado caríssimos em muitos locais.
Entretanto, sempre a restrição veio acompanhada de um transporte coletivo eficiente ou infraestrutura adequada para se chegar de outras formas, como bikes. É importante ponderar que cidades como Copenhague e Amsterdã são planas.
A reflexão que fica para Florianópolis é a necessidade urgente de melhorar o transporte coletivo. O ônibus ainda compete com o carro, os corredores exclusivos ainda são promessa, a integração intermunicipal não existe e o transporte marítimo ainda é sonho.
A partir de hoje a prefeitura passa a testar a mudança neste trecho do Centro com a restrição para carros de passeio. Será um teste para ver como a cidade se comporta. O fato de termos calçadas regulares já estimula o cidadão a deixar o carro em casa, para quem mora perto, e caminhar. Medida acertada da prefeitura, mas que precisa vir acompanhada de melhoria no transporte coletivo para ter mais chance de sucesso e impactar positivamente a cidade.
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