A oferta de dinheiro público do orçamento catarinense para assumir parte da duplicação da BR-470 divide opiniões. O governador Carlos Moisés da Silva ofereceu ajuda financeira de Santa Catarina para a duplicação da BR-470. Em reunião na última quarta-feira (27) no Ministério de Infraestrutura, em Brasília, se colocou à disposição para ajudar nas obras da rodovia, no trecho entre Blumenau e Navegantes, com recursos próprios. 

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Esperada desde 2007, quando teve verba carimbada no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é uma obra que se arrasta. O colega Evandro de Assis informou que a proposta orçamentária que tramita no Congresso Nacional prevê apenas R$ 59 milhões para a BR-470 em 2021 e aponta que a duplicação só ficará pronta em 2023, contrariando promessa do governo de entregá-la ano que vem.

Mapa mostra andamento das obras de duplicação da BR-470
Mapa mostra andamento das obras de duplicação da BR-470 (Foto: Artes/NSC)

A Fiesc vê com bons olhos o fato do governo catarinense buscar soluções para uma grande demanda do Estado, embora seja esta uma obra federal. O presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, entretanto, acredita que é preciso receber contrapartidas da União.

– É louvável a iniciativa, dada a impossibilidade da União em incrementar orçamento para a obra. Mas é preciso saber quanto será investido e se há um compromisso futuro de repor estes investimentos. O fato é que Santa Catarina não está recebendo a contrapartida que é merecedora. O investimento é importante porque resolve um problema muito sério e vai trazer desenvolvimento – explica.

Usuários citam outras rodovias

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A Associação dos Usuários de Rodovias em Santa Catarina (Auresc) aponta a importância de resolver um problema crônico como a lenta duplicação da BR-470, mas cobra o Estado para investimentos nas rodovias catarinenses e cita a SC-135 como “abandonada”. Confira o que escreveu o presidente da Auresc, Alisson Micoski:

Certamente os investimentos em infraestrutura rodoviária no Estado são prioridade, até por conta que o setor econômico catarinense vem tendo sucessivas marcas históricas nas exportações, o que exige que os modais para a logística tenham a devida atenção.

Mas muitas das rodovias estaduais estão precisando de maciços investimentos, tomamos como exemplo a abandonada SC-135, chamada Estrada da Amizade, entre os municípios de Caçador a Porto União, no Planalto Norte.

Já o trecho entre Caçador a Videira, está inserido no Consórcio Interfederativo Santa Catarina (CINCATARINA) em parceria com o governo do Estado, iniciou na sexta-feira, 15, melhorias na SC-135, entre Videira e Caçador. Os trabalhos prosseguem essa semana, conforme as condições climáticas. A rodovia SC-135, trecho entre Caçador e Videira, conta com um projeto de revitalização desde 2014, mas a ordem de serviço para o início das obras ainda não foi dada.

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Então, é louvável a iniciativa do Governador Moisés, vez que realmente a rodovia BR 470 é um importante corredor e igualmente, palco de lamentáveis acidentes, mas, entendemos que os recursos devem igualmente ter sua utilização estratégica na malha rodoviária do estado, até porque, já há alguns anos, os parlamentares federais vem alocando recursos através de emendas parlamentares nas obras desta rodovia federal.

Igual a SC 135, trecho Caçador-Porto União, outras estradas de responsabilidade do Governo do Estado de Santa Catarina também pedem essa priorização do atual governante.

Liberado

O viaduto de acesso a Indaial e Timbó foi concluído e liberado ao trânsito na última sexta-feira (29). O trecho faz parte do lote 4 e a obra custou R$23 milhões. O Bom Dia Santa Catarina da NSC TV desta segunda-feira (1) mostrou que o trânsito no local, mesmo assim, apresentava retração. O movimento maior ocorre no sentido interior/litoral. Os veículos que vêm da via marginal no sentido ao viaduto provocam fila para quem está no elevado.

Confira a entrevista com o presidente da Associação dos Usuários de Rodovias em Santa Catarina (Auresc), Alisson Micoski:

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>Carlos Moisés e a reeleição