A manhã deste domingo (26) foi marcada por um protesto embarcado no canal da Barra da Lagoa, em Florianópolis. Pescadores, proprietários de escunas, embarcações de esporte e recreio esperam uma resposta do poder público para que providencie o aumento da profundidade do canal. Há uma resistência de alguns moradores com respaldo do Ministério Público Federal.
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Nós estamos falando de economia e do acesso das pessoas para a lagoa para trabalharHamilton Fernandes dos Santos, presidente do Conselho Comunitário da Barra da Lagoa
— O nosso manifesto foi para chamar a atenção da população e das autoridades. A economia local vem sofrendo. Com a tábua de maré negativa fica impossível escunas, pescadores, barcos de esporte e recreio passarem. Há um assoreamento natural que vem se agravando. A Marina Verde Mar tem registros de barcos encalhados ali todo o dia. Nós estamos falando de economia e do acesso das pessoas para a lagoa para trabalhar — alerta Hamilton Fernandes dos Santos, presidente do Conselho Comunitário da Barra da Lagoa.
As embarcações se concentraram hoje pela manhã no canal para chamar a atenção da sociedade para este problema.
Falta de Planejamento
Esse é mais um caso escandaloso da falta de planejamento na gestão pública combinada com o custo que a sociedade paga com a falta de um consenso. O presidente do Conselho Comunitário da Barra da Lagoa informa que em 2012 foi realizada uma audiência pública onde pescadores pediram o aumento da altura da ponte.
Essa obra, que se arrastou por anos e foi inaugurada em 2019, foi feita com o propósito de permitir a travessia de barcos maiores e não para resolver o trânsito no local. Tanto é que pouco ou nada mudou no trânsito na região. E esqueceram de desassorear o canal.
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