O atrito público entre o governador Carlos Moisés e a vice Daniela Reinehr é recebido da pior forma possível pelo contribuinte catarinense. Enquanto a sociedade paga o preço dessa pandemia, com perda do emprego, redução de salário, renda e a situação falimentar das empresas, a mensagem passada pelos governantes é a pior possível. Se esperava a união de todos no combate a um inimigo comum (Covid-19) e temos uma divisão interna em que nada ajuda.

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O descrédito na política e nos políticos não é de graça. Ele tem material de sobra no Brasil para se alimentar. A discussão pública desta quarta-feira (15) sobre o hospital de campanha é mais um capítulo lamentável dessa história.Desde o ano passado a relação da vice com o governador é protocolar.

O sentimento no gabinete de Daniela já era de “resolver as coisas diretamente em Brasília”. O ponto máximo dessa cisão, em 2019, foi o projeto de taxação progressiva dos agrotóxicos. Do oeste catarinense, ligada ao agronegócio e ao produtor rural, a vice agiu da mesma forma que agora: tornou pública a sua insatisfação. Ao fazer isso, age para dar satisfação ao seu público raiz do bolsonarismo. Adepto ao diálogo com todos os setores da sociedade, Moisés se afastou do presidente da República. Daniela, é do grupo Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta criar e é sua fiel seguidora. Será assim até o final.

O vírus logo passa e 2022 é logo ali.

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