Nos últimos cinco anos na comarca de Florianópolis houve a devolução de 15 crianças e adolescentes que haviam sido adotadas. O promotor de justiça (MP-SC) Marcelo Wegner mostra preocupação e diz que casos deste tipo estão aumentando.

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— São casos, principalmente, de processos de adoção que ocorreram em outras cidades, mas a devolução foi na capital. Creio que há, na origem, um problema de avaliação das famílias. — afirma o promotor.

O MP-SC pede, nestes casos, reparação pecuniária aos jovens devolvidos na forma de pagamento de tratamento psicológico ou psiquiátrico.

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— Há casos de um adolescente que foi devolvido após quatro anos de adoção. Devolveram o adolescente com 13 anos. É muito grave isso porque cria-se um laço afetivo e criança ou adolescente voltam para o abrigo – diz a coordenadora voluntária da Casa de Acolhimento Semente Viva, Scheila Cristina Frainer Yoshimura, à frente da instituição há 11 anos.

A juíza na comarca de São José, Ana Alves, diz que a adoção tem que ser bem pensada e a família bem avaliada.

— Adoção não é para salvar um casamento que não vai bem ou um gesto de caridade, a adoção é para quem tem uma grande vontade de ser pai ou mãe — explica a magistrada.

Em Santa Catarina existem mais 3 mil pessoas aguardando na fila de adoção para cerca de 249 crianças e adolescentes aptos ao processo, ou seja, a quantidade de famílias na lista é 12 vezes maior do que a de crianças consideradas disponíveis para o Estado. Os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgados em março deste ano.

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O Conversas Cruzadas da CBN Floripa e Joinville discutiu o assunto. Ouça:

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