Santa Catarina registrou 8.104 desastres naturais nos últimos 33 anos e estes causaram R$ 43,14 bilhões em prejuízos. O dado, impactante, foi apresentado nesta terça-feira (30) durante o 1° Seminário Catarinense de Adaptação às Mudanças Climáticas, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente e da Economia Verde (Semae/SC). No período, 336 pessoas morreram.
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O levantamento ocorreu entre 1991 e 2024.
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No evento, realizado na Associação dos Municípios da Grande Florianópolis, houve o lançamento da publicação Risco Climático e Adaptação para Mesorregião Sul Catarinense, que abrange 46 municípios. Esse estudo, elaborado pela Gerência de Clima e Energia da Semae, apresenta os resultados de análises de risco climático e um catálogo de medidas de adaptação para seis setores estratégicos abordados, contendo 84 medidas de adaptação, das quais 21 abordam cidades, 15 para agricultura, 9 para indústria, 8 para transporte e logística, 17 para zonas costeiras e 14 para biodiversidade.
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O que as cidades do Sul de SC precisam fazer de adaptação climática e evitar tragédias
• Cidades: Expandir áreas verdes das cidades a partir de soluções baseadas na natureza, como o reflorestamento e plantio de árvores para diminuição das ilhas de calor e redução do escoamento superficial da água e aumento da absorção de águas das chuvas; Atualização de Planos Diretores e zoneamento urbano para incorporação de questões de drenagem e áreas de risco;
• Agricultura: Fomento de sistemas agroflorestais; Desenvolvimento de sementes adaptadas às restrições hídricas, extremos de temperatura e pragas;
• Zona Costeira: Manutenção ou restauração da faixa de restinga e dunas para proteção da orla; Mapeamento de áreas de risco de inundação e erosão costeira;
• Indústria: Investimentos em reuso, dessalinização e fontes alternativas de obtenção de água e energia; Mapeamento de áreas de risco e do parque industrial em expansão, a fim de garantir que tal expansão não ocorra em áreas vulneráveis;
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• Transporte e logística: Recuperação/conservação de encostas próximas a rodovias; Implementação de Soluções técnicas que confiram maior proteção e resiliência, como sistemas de drenagem;
• Biodiversidade: Recuperação de matas ciliares e proteção das nascentes para proteção de cursos hídricos; Planejamento territorial que considere as alterações futuras nos ecossistemas e na biodiversidade.