É inegável que trata-se de uma excelente notícia anunciada pela prefeitura da capital o congelamento do preço da passagem de ônibus e o desconto de R$ 1,00 para quem usa o transporte coletivo (TC) fora dos horários de pico. Surpreendeu. Ainda mais sabendo que houve 65% de aumento no preço do diesel no ano, as empresas enfrentam as restrições impostas pela pandemia e caiu o número de usuários.
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A prefeitura já praticava a política de subsídio e irá ampliar usando parte do superávit de R$ 50 milhões, segundo anunciou o prefeito Gean Loureiro. Qualquer medida que venha em benefício do TC é bem vinda. Novas linhas, incentivo para o uso em horários alternativos (ajudando na mobilidade urbana), o madrugadão e o “Vai e Vem” de até 3 horas vão nesse caminho.
A medida do executivo municipal dá um fôlego para quem perdeu renda ou emprego na pandemia, teve redução de salário e sente os efeitos da inflação no seu poder de consumo.
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O grande desafio é se terá continuidade e será sustentável no longo prazo. A ação é de impacto e altamente positiva. Que ela tenha consistência para ir além do ano eleitoral.
Nós precisamos de uma política municipal e regional integrada de transporte coletivo. A ideia da criação de um Fundo de Mobilidade Urbana é interessante para dar lastro ao subsídio. Mesmo que em fase embrionária, projeta utilizar os recursos do estacionamento rotativo e da reestruturação dos terminais para bancar o investimento.
O transporte coletivo precisa de um debate maduro. Na prática, é uma discussão sobre orçamento e que a sociedade, entidades, população e vereadores precisam participar. Que se decida se queremos mais asfalto, corredores de ônibus ou subsídio na tarifa. O dinheiro é um só e finito. É preciso garantir no orçamento e na lei municipal o transporte coletivo com verba carimbada para subsídio, com governança e transparência absoluta nos números. Somente assim, teremos o esperado controle social e uma verdadeira política pública para o setor.
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