Os grupos políticos tradicionais e mais influentes na Assembléia Legislativa (Alesc) fizeram a opção por Carlos Moisés da Silva governador até o final de 2022. Moisés é mais previsível e pode-se costurar um acordo de não reeleição com o governador afastado. Já Daniela Reinehr, que ocupa hoje o posto de chefe do Poder Executivo, atrelada ao bolsonarismo raiz, mantida no cargo, poderia ficar vitaminada ao final de 2022 e ser a candidata de Bolsonaro em Santa Catarina. E isso assusta.
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Bolsonaro é um forte cabo eleitoral, obteve 75,92% dos votos válidos no segundo turno em 2018. Moisés não representa mais Bolsonaro, se afastou. Daniela como a candidata de Bolsonaro assusta quem está de olho em 2022. Certamente é um grife eleitoral ter o apoio de Bolsonaro num estado que o consagrou como candidato. Mesmo com todo o desgaste sofrido pela gestão, o capitão é um selo com público fiel.
>O que esperar do governo Daniela e os próximos passos de Moisés no processo de impeachment
O gesto da Alesc de afastar o PL de Jorginho Mello e o PSL vai neste sentido. O senador catarinense dentro da máquina por dois anos e com pretensões de virar governador provocou um freio vindo do Palácio Barriga Verde. Na última quarta-feira (28), entrevistei o deputado Valdir Cobalchini (MDB) no programa Estúdio CBN Diário. “Existe um clima favorável na Alesc para a volta de Moisés. Eu vislumbro que o clima reinante na Assembleia é nesse sentido”, disse o parlamentar, após ser questionado sobre a conclusão da Polícia Federal que não viu indícios de crime do governador afastado no caso dos respiradores e qual seria a influência disso no Tribunal de Julgamento. Precisa dizer mais?
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