A autorização judicial inédita do plantio de maconha no âmbito da medicina veterinária da UFSC representa um importante passo para a ciência no Brasil. Uma coisa é a pesquisa científica, outra é o uso recreativo da droga. O que foi autorizado é o plantio para fins científicos no uso veterinário.
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Está no escopo do estudo avaliar o uso de medicação à base de terpenofenóis em animais não humanos. Formulações de uso tópico contendo Cannabis serão analisadas quanto ao seu potencial cicatrizante e anti-inflamatório, efeito inseticida, repelente, mosquicida e anti-helmíntico e efeito desinfetante. Até mesmo o uso alimentar em animais não humanos será pesquisado. Não há como ir contra isso.
Chega de hipocrisia, o Brasil precisa avançar. E com base na ciência. É isso que deve nortear tudo o que diz respeito ao cultivo de maconha na UFSC “para fins medicinais”, garantido por decisão judicial. E que sirva de exemplo para demais universidades no Brasil.
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O que não se pode normalizar é o consumo indiscriminado da “droga maconha” em forma de tabagismo que tanto afeta a saúde de milhares de jovens. O Brasil não está maduro o suficiente e nem há clima político algum para entrar nessa pauta atualmente.
Grandes democracias estão investindo bilhões de dólares em pesquisa com a maconha, não apenas na questão medicinal, mas também na elaboração de cosméticos e tecidos. A “Epagri” de Israel, por exemplo, tem parcerias com laboratórios e empresas de vários países em projetos à base de maconha e ganha fortunas com esses contratos. Recursos que ficam no país e são investidos em saúde, educação e segurança pública.