A reclamação é histórica e legítima. Falta reciprocidade da União com Santa Catarina. O volume de recursos que a pujante economia do estado arrecada não retorna proporcionalmente em investimentos.

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São recorrentes as cartas e notas de repúdio das entidades empresariais e as postagens, muitas vezes cínicas, dos parlamentares, com ar de indignação, a cada vez em que ocorre corte de verbas para o estado.

Digo que são lágrimas de crocodilo pelo fato de que o dinheiro é cortado, muitas vezes, no orçamento da União, mas não das emendas parlamentares, onde estes  conseguem entregar algo à população (embora não seja essa a sua missão constitucional).

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Para reverter o cenário em Santa Catarina, há um movimento capitaneado pelo BRDE para criar o Fundo Sul. A ideia é utilizar o mesmo modelo dos já existentes Fundos da Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste e garantir recursos do Orçamento da União para Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Segundo o diretor-financeiro do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Eduardo Pinho Moreira, a criação do fundo pode garantir R$ 5 bilhões aos três Estados. Ele explica que esse recurso seria importante para as demandas catarinenses e muito viria a fundo perdido.

Assinaturas

Já foram iniciadas tratativas com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP) para buscar as 161 assinaturas necessárias para apresentar o projeto.

Agora, é o momento de uma articulação apartidária em Santa Catarina e do Fórum Parlamentar Catarinense mostrar sua força.

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