O governo federal anunciou nesta segunda-feira (16) a injeção de R$ 147,3 bilhões na economia e redução de impostos. A prefeitura de Florianópolis prorrogou o pagamento do ISSQN para o setor de eventos por 90 dias. O governo de Santa Catarina, através da secretaria estadual da Fazenda, “ainda está estudando os impactos” do coronavírus.

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A assessoria de imprensa do órgão informa que ainda não houve impacto negativo na arrecadação, mas que está “acompanhando os reflexos e estudando as medidas”. A reação do Estado para preservar a economia diante do cenário de medo por causa da pandemia é mais lenta do que as medidas adotadas na capital dos catarinenses e também pelo governo federal.

A economia deve ser preservada da mesma forma que a vida das pessoas. A frase isolada de que “a vida humana vale mais do que a economia” pode servir para render likes em rede social, mas é demagogia. É EVIDENTE que a vida humana está em primeiro lugar, mas sem economia forte os serviços de saúde entram em colapso. E é fácil de entender.

O medo é o maior inimigo da economia. Com o medo cai o consumo. Sem consumo, as empresas ficam no vermelho. No vermelho, elas precisam demitir. Demitido, o trabalhador vai priorizar colocar comida na mesa antes de comprar álcool gel. Demitido, ele perde o plano de saúde e sobrecarrega o sistema público de hospitais e postos.

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A empresa tem funcionários. Precisa pagá-los em dia. Imagine as empresas de eventos com seus funcionários e os eventos cancelados. E os hotéis com seus fornecedores, funcionários e prestadores de serviço? Lojas e restaurantes de shopping e de bairros que precisam pagar aluguéis, impostos, energia e funcionários. Se não entrar dinheiro no caixa, corta-se pessoal. Não há solução fácil.

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O contato social precisa ser evitado, evidente, mas a economia não pode parar. É preciso responsabilidade de todos para que se afastem do trabalho somente aqueles que realmente há indicação para tal. Os processos internos na administração pública, mesmo que remotos ou digitais, precisam de agilidade. Vale para licenças ambientais, por exemplo.

Salvar a economia catarinense do coronavírus é proteger a saúde das pessoas.

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