Santa Catarina vive a angústia de não saber qual será o tamanho do que vem pela frente na área da saúde com a expansão da pandemia e, ao mesmo tempo, definir o ritmo ideal para a retomada da atividade econômica.
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As imagens de caminhões do exército carregando corpos na Itália e caminhões frigoríficos servindo de necrotério em frente aos hospitais de Nova Iorque são fortes demais. Ninguém quer algo semelhante em Santa Catarina. Fizemos o isolamento social desde o início e tudo indica que teremos mais casos e mais mortes pela frente, é verdade, mas não em cenário parecido com Europa e Estados Unidos. É uma opinião, apenas.
Antes não se falava em hospital de campanha, agora já é uma realidade. É um indicativo de que um cenário grave está por vir. Significa que a Secretaria Estadual de Saúde projeta um contexto em que os hospitais não irão suportar o número de pacientes que irão chegar. Várias atividades já foram liberadas. Bancos, lotéricas, obras públicas, a cadeia produtiva da construção civil, autônomos, profissionais liberais e a cadeia automobilística.
O governo deu um recado claro nesta semana ao prorrogar por cinco dias o decreto da quarentena. É evidente que teremos novas atividades a partir de segunda-feira (13). O raciocínio é simples: as renovações de decretos de restrições ocorreram, até então, a cada sete dias. Agora, o último foi de cinco dias, até o próximo domingo (12). Na reunião com o Grupo de Crise, segundo entendimento do setor varejista, houve a “ sinalização” da liberação do comércio a partir de segunda-feira (13). O secretário da Casa Civil, Douglas Borba, reforçou no Bom Dia Santa Catarina desta quinta-feira (9) na NSC TV que novas atividades serão liberadas na segunda-feira e o conceito é atividade “sem aglomeração”.
Pela lógica, os próximos setores a serem liberados são o comércio de rua, bares, restaurantes e hotéis, com regras rigorosas, e de forma gradual.
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Transporte coletivo, aulas, shopping, teatros, cinemas e eventos ficam para um outro momento. As próximas duas semanas são de máxima atenção na saúde quando os casos devem aumentar.
É boa a notícia da volta ao comércio de rua na próxima semana. É um alívio para o setor que sofre demais com essa crise. A volta tem inúmeros desafios porque não há transporte coletivo, muitos perderam emprego e estão com medo de gastar.
Assim nós vamos. Com passos de tartaruga, prudência e com a necessidade absoluta de criarmos uma nova cultura de educação em saúde.