Carlos Moisés tem o mérito de ter escolhido para o seu colegiado secretários com a devida formação para as suas pastas. É o chamado governo técnico com decisões técnicas, um mantra repetido frequentemente pelo governador.
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Quando Santa Catarina foi o primeiro estado do país a impor restrições mais rígidas de quarentena, a decisão era fundamentada na necessidade do controle da circulação do vírus. Depois, veio o Plano Estratégico para a Retomada da Atividade Econômica, um dia após do Movimento Reage SC, quando 50 entidades pediram para a volta das atividades, e do discurso do presidente Jair Bolsonaro em que o mesmo criticou governadores pela paralisação de seus estados prejudicando, assim, a economia do país. Moisés, buscou, novamente, o argumento técnico para explicar sua decisão da “volta lenta, gradual e segura”.
A teoria, desta vez, foi que a retomada ocorreria justamente no dia em que, ao menos no papel, Santa Catarina completaria 14 dias de isolamento, que é o tempo máximo de incubação do vírus e que Santa Catarina foi o primeiro a começar a quarentena. Era preciso "enfrentar o vírus".
A reação pelas redes sociais foi forte, o assunto bombou no twitter com campanhas para Santa Catarina recuar da decisão, cartas assinadas por grupos de entidades e movimentos diversos pressionam para que o governo voltasse atrás e mantivesse a quarentena.
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Não admitindo que o seu provável recuo seja fruto de pressão, Moisés buscou, novamente, um argumento técnico: o governo federal não enviou os equipamentos de proteção individual e, tampouco, os 20 leitos.
E você, o que acha?
As decisões foram técnicas ou a técnica foi o que se encontrou para ceder às pressões com uma explicação científica?