Sindicatos dos trabalhadores e patronal de hotéis, bares e restaurantes da Grande Florianópolis negociam um acordo para enfrentar a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus. O impasse maior é a resistência dos funcionários em aceitar a proposta que possibilita a suspensão dos contratos de trabalho pelo período de até 60 dias, sem pagamento de salários e qualquer outra obrigação no período.
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Outro ponto apresentado na proposta é de redução de salário e jornada de trabalho em 50% e a concessão imediata de férias com o adicional de 1/3 do salário a ser pago em até seis meses. A medida abrange nove municípios da Grande Florianópolis, 25 mil trabalhadores e sete mil empresas.
Na última quinta-feira (19), proprietários de hotéis, bares e restaurantes de Balneário Camboriú acertaram um acordo para evitar demissões.
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“A perspectiva é terrível, muitos não vão se levantar. Imagine: zero receita, aí o empregador tem todas as despesas pra pagar e ainda a folha de pessoal. Como ele vai fazer? E depois, ele vai abrir sem gente pra consumir?”, questiona Estanislau Bresolin, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis.
O advogado do Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, Fernando Fávere, entende que o “momento é muito delicado e não podemos tomar nenhuma decisão precipitada. A proposta do Sindicato Patronal é suspender os contratos de trabalho, sem remuneração, por 2 meses, contudo sem garantia de manutenção dos postos de trabalho. O Sintratuh aceita redução de jornada e salários em até 25%, férias coletivas, férias antecipadas. Não podemos deixar o trabalhador, em momento de crise, sem poder procurar nova remuneração ao risco de passar fome”, concluiu.