Tem duas notícias. Uma boa e outra ruim. A ruim é que tem muitas águas-vivas no litoral catarinense. A notícia boa é que a mais comum por aqui não provoca queimaduras graves. A afirmação é do professor Alberto Lindner, do Laboratório de Biodiversidade Marinha da UFSC.

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A UFSC está desde novembro do ano passado pesquisando as águas-vivas em nossas praias. O monitoramento ocorre em parceria com a Unesc (Universidade do Extremo Sul), que monitora a praia do Rincão, e com a Furg (Universidade Federal do Rio Grande), que está pesquisando na praia do Cassino, no Rio Grande do Sul.

Os pesquisadores encontraram a Caravela, que provoca queimaduras mais fortes e graves, mais para o norte, entre São Francisco do Sul e Bombinhas. Mas a mais frequente é a medusa Chrysaora lactea.

Campeche

Em apenas um dia no trabalho de campo, quando os pesquisadores foram de barco da praia da Armação até à Ilha do Campeche, foram encontradas 914 medusas.

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— Talvez uma das razões para termos tantas águas-vivas é o fato de que seus predadores naturais estão diminuindo, como peixes, tartarugas e aves – explica o professor.

A ideia da pesquisa é entender o ciclo de vida destes seres vivos.

— Sabemos que ela tem autonomia limitada. Ela é mais levada pelas ondas do que escolhe para onde vai. Queremos conhecer os padrões de comportamento e o que e porque elas aparecem por aqui. Essa informação pode ser muito útil para orientar os banhistas, por exemplo – diz o pesquisador.

Escute a entrevista completa com o professor Alberto Lindner, do Laboratório de Biodiversidade Marinha da UFSC: