A Casan sabia desde 2017 que havia risco de vazamento na lagoa artificial de infiltração que se rompeu na última segunda-feira (25) na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. A informação é do Instituto de Meio Ambiente (IMA), e consta no plano de contingência e emergência feito pela Casan, que é um condicionante para o licenciamento junto ao órgão ambiental. O documento foi apresentado pela Casan à Fatma (IMA). O evento de mais risco e maior probabilidade para ocorrer era o vazamento de efluente.

Continua depois da publicidade

> Receba notícias de Florianópolis e região pelo WhatsApp

Desde a licença ambiental de 2016 já havia a cobrança para uma forma alternativa de destinação final do efluente tratado. Na época, a então Fatma já estava pedindo informações de quanto tempo mais a lagoa de infiltração iria suportar. 

Em 2018, a Casan fez diagnóstico no local, com a realização de estudos de batimetria e estudos de sedimentos. O aumento da sedimentação foi constatado e a Fatma pediu estudos para se chegar a uma alternativa.

Em quatro anos, de 2017 a 2020, a Casan recebeu quatro autos de infração e uma notificação por problemas na qualidade do efluente e descumprimento dos limites impostos nas condicionantes ambientais.

Continua depois da publicidade

Leia mais:

Aberta investigação para apurar desleixo da Casan na Lagoa da Conceição

Famílias atingidas por rompimento de lagoa serão ressarcidas pela Casan

“Nenhum técnico previu o risco de rompimento”, afirma engenheiro