A Casan está em baixa. E se justifica. Com os “acidentes“ da Lagoa da Conceição (2021) e o rompimento do reservatório no bairro Monte Cristo no Continente, em Florianópolis, na quarta-feira (5), crescerá a pressão, com certeza, para que as prefeituras de São José e Florianópolis rompam o contrato de concessão com a companhia.
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Os prefeitos de ambas as cidades já ameaçaram essa possibilidade, antes mesmo da lambança ocorrida no Monte Cristo. Ao cidadão, não interessa se o serviço é de empresa municipal, privada ou estatal. Precisa funcionar. E temos ótimos e péssimos exemplos de ambos os lados.
A Casan tem histórico de má gestão e influência político-partidária, não dispõe de recursos próprios para investir o que o estado precisa. Neste sentido, precisa comprar dinheiro, ou seja, buscar financiamento para fazer os investimentos necessários. Sem o setor privado, não há como acelerar o investimento em saneamento. Qual o modelo para isso? A sociedade precisa discutir.
Florianópolis representa 34% do faturamento da Casan; São José, 15%. As duas cidades juntas, portanto, correspondem a quase metade do faturamento da companhia (49%). O rompimento do contrato de concessão por parte dos dois municípios decretaria a morte da Casan, por inanição financeira.
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O Cidadão
O cidadão muitas vezes é aquela abstração para os agentes públicos e políticos e que só é lembrado no momento da eleição. Para este cidadão, entretanto, mais conhecido como contribuinte, nada importa se o serviço que ele recebe de energia, telefonia, água e esgoto é de empresa pública ou privada.
Ele quer que a coisa funcione bem e com preço justo.
Para isso, precisamos de boa governança, respeito às decisões técnicas, transparência plena, agência reguladora que funcione e fiscalização da execução dos contratos.
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