O governador Carlos Moisés da Silva convidou os órgãos públicos que defendem um lockdown em Santa Catarina para uma reunião na tarde desta segunda-feira (1). Em recomendação encaminhada à Casa d’Agronômica na última sexta-feira (26), Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Tribunal de Contas (TCE-SC), Defensoria Pública Estadual (DPE) e Defensoria Pública da União (DPU) assinaram um documento conjunto pedindo uma paralisação das atividades não essenciais por pelo menos 14 dias. O documento trouxe desconforto no Centro Administrativo.

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A ideia do governador Moisés é mostrar o que o Estado tem feito, os investimentos em saúde, a contratação de leitos privados e o reforço na fiscalização. O objetivo é buscar um consenso com os órgãos de controle. O Poder Executivo defende a tese de esperar e monitorar o resultado das últimas medidas restritivas, como a paralisação de atividades não essenciais nos finais de semana.

Mais de 80 entidades empresariais se manifestaram de forma contrária a lockdown em Santa Catarina. Epidemiologistas apontam que paralisações mais fortes, mesmo que apenas nos finais de semana, não serão suficientes. Santa Catarina vive o seu pior momento da pandemia desde março de 2020, com fila de espera para internação e aumento de casos. A fiscalização do final de semana foi mais enérgica do que a registrada anteriormente.

Foram 4.786 fiscalizações desde a sexta-feira (26) até o amanhecer de domingo (28), segundo informações da Polícia Militar (PM-SC). Nesse trabalho, houve 26 interdições em estabelecimentos comerciais e 26 notificações por irregularidades. Foram instaurados ainda 45 boletins de ocorrência policial, 27 prisões e 398 boletins de ocorrência de termo circunstanciado.

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Resta saber se vai reduzir a taxa de transmissão do vírus e desafogar a pressão no sistema de saúde.

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