A tragédia provocada pelo deslizamento de terra na BR-376 no Paraná, a 30 quilômetros da divisa com Santa Catarina, poderia ter sido evitada caso houvesse monitoramento adequado das áreas de risco e interdição prévia do local. 

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Ao menos 20 veículos foram soterrados, 2 pessoas morreram e ainda não é possível precisar o número de vítimas no local. 

Conforme alertou o meteorologista e colunista do NSC Total, Leandro Puchalski, a tragédia poderia ter sido evitada:

 — Completamente evitável o soterramento e a morte. Já se sabia desde a semana passada dos altos volumes para essa região do Sul do Brasil. O deslizamento ocorreu na noite desta segunda, ou seja, foi a chuva do dia todo. Se tivesse monitoramento e conhecimento do total de chuva que esses morros aguentam, tinha que ter interditado a rodovia antes  — afirmou  Puchalski.

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O Brasil ressente a falta de um sistema de classificação e monitoramento de risco nas nossas encostas. Mesmo assim, com o volume de água vertente já no domingo (27) e tomando conta de forma assustadora no asfalto da via, não houve nenhuma autoridade para perceber o risco e interditar o local.

Especialistas do Banco Mundial já alertaram nossas autoridades que as nossas estradas não estão preparadas para as mudanças climáticas, com fenômenos cada vez mais intensos e frequentes. Sem a manutenção adequada das rodovias, aumenta o desgaste das mesmas, o que provoca mais tragédias como a registrada nessa semana na BR-376, riscos de acidentes, buracos e custos enormes depois para reparação dos danos.

Curiosamente, ocorre nesta semana, em Florianópolis, o Understanding Risk Global Forum (UR22), evento que reúne uma comunidade internacional de especialistas e profissionais da área de identificação de riscos de desastres, especificamente na avaliação e comunicação de riscos. 

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