Neste domingo é dia de vestir laranja e participar da 3ª Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Será a partir das 16:30 na avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, com concentração do Koxixos. A iniciativa é do Grupo Mulheres do Brasil. A cor laranja é alusiva aos 16 dias de ativismo pelo fim da violência que ocorre em 27 cidades brasileiras.

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Durante o evento, os participantes serão convidados a postar em suas redes sociais utilizando as hashtags #VamosCaminharJuntos, #EuMetoAColherSim e #ChegaDeFeminicio.

Segundo Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, será uma grande mobilização que colocará nas ruas a voz de todas as pessoas, pedindo um basta aos índices vergonhosos da violência contra as mulheres. “Não podemos mais aceitar que o Brasil ocupe o 5º. lugar nesse triste ranking mundial do feminicídio, em que uma mulher é morta a cada duas horas e em que há um estupro a cada 11 minutos. Temos que mudar essa realidade urgente, é a união de todos e todas por uma causa global”, diz a executiva.

De acordo com Silvia Folster Marafon, uma das lideranças do Grupo Mulheres do Brasil Florianópolis, a caminhada deverá reunir milhares de pessoas. “Essa grande mobilização ganhou agora caráter internacional com os nossos núcleos no exterior. A violência contra as mulheres acontece em todo o mundo, não é um problema exclusivo do Brasil. Com camisetas laranjas, vamos ocupar as ruas em sintonia com as mulheres de todo o planeta que ainda vivem em situação de violência”, estima Silvia.

A Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres tem o patrocínio do Magazine Luiza, apoio do Instituto Avon, FIESC, Prefeitura de Florianópolis e Governo do Estado de SC.

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Prevenção

O país precisa de uma revolução cultural para reverter os terríveis números da violência contra a mulher. A imensa maioria dos casos de violência e feminicídio ocorre dentro de casa e por companheiros e ex-companheiros ou familiares. É preciso levar esse assunto para a sala de aula. Ensinar as crianças de que a mulher precisa ser respeitada pelas suas decisões. Que ela tem direito de romper um relacionamento, não importa o motivo. Que uma mulher não tem dono, chefe ou proprietário. Que ela é a dona do próprio destino. E isso se muda com educação.