Enquanto aguarda por desapropriações e pela remoção da rede de gás natural, com orçamento em caixa, o DNIT prioriza os viadutos na esperada duplicação da BR-470, obra que se arrasta desde 2013.

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As obras de duplicação da BR-470 têm avançado nos últimos meses nos quatro lotes entre Navegantes e Indaial com execução dos serviços principalmente em novos viadutos. Isso porque, além de novas pistas para compor a duplicação, a obra prevê a construção de um total de 27 viadutos nos 73 km contemplados. 

Até aqui 13 viadutos já foram concluídos e entregues ao tráfego, outros dois estão liberados de forma parcial e ainda falta finalizar outros 12. Recentemente o governo federal confirmou que, apesar do corte de R$ 15 bilhões nas contas públicas da União, nenhuma obra do DNIT sofrerá cortes, o que deve garantir o ritmo desses serviços até pelo menos o início de 2025.

Dos 12 viadutos que ainda precisam ser concluídos, seis estão com obras avançadas. O destaque vai para o viaduto no novo acesso a Gaspar pela rua Hercílio Zimmermann; o entroncamento da BR-470 com a rua Samuel Morse, no bairro Fortaleza, em Blumenau; e o viaduto do Badenfurt, também em Blumenau. 

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A previsão do DNIT é liberar o trânsito nessas três obras até o primeiro trimestre de 2025. Ainda estão em fase final outros três viadutos, em Navegantes, Gaspar e Indaial.

O foco das obras nos viadutos ocorre por causa da necessidade de resolver gargalos em outros pontos, como desapropriações de terrenos (um novo mutirão está marcado para setembro), a realocação da rede de gás natural (ainda falta a remoção de 6000 metros de tubulação) e a revisão de projetos de engenharia. 

A resolução desses entraves tem sido um dos focos do DNIT para não deixar que a obra perca o ritmo conquistado com a chegada de mais recursos a partir do ano passado, quando houve recorde de investimento. Em 2023, foram R$ 280 milhões aplicados na obra. Em 2024, são mais de R$ 70 milhões investidos até julho.

Além disso, a obra de duplicação deve ter uma nova cara a partir de 2025. Como os lotes 1 e 2 já passaram de 95% de conclusão e estão próximos do fim, os trabalhos e recursos serão voltados aos lotes 3 e 4, onde há mais fluxo urbano, acessos, acidentes e filas. 

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Segundo o DNIT, um maior avanço nas obras de duplicação da BR-470 dependerá da “colaboração” do tempo. Isso porque o órgão gastou muita energia e recurso nos últimos meses para recuperar a rodovia após diversos deslizamentos, principalmente na região de Rio do Sul, o que acaba desviando parte dos esforços.

Números da duplicação

-R$ 1,2 bilhão já investido do total de R$ 1,57 bilhão (80% de conclusão);

-46 km de duplicação entregues ao tráfego (do total de 73 km);

-13 viadutos concluídos e entregues ao tráfego, incluindo o entroncamento com a BR-101, o complexo da Mafisa e o acesso principal a Indaial;

-Em setembro haverá o último mutirão de desapropriações de imóveis, principalmente na região de Blumenau e Indaial;

-Obra de construção que mais recebeu recursos no Brasil em 2023.

Posicionamento SCGÁS

Já foram remanejados 18,2 quilômetros de redes de gás nas obras da BR 470. Atualmente, restam poucos trechos a remanejar ou proteger, que estão concentrados nos lotes 3 e 4, entre Blumenau e Indaial. 

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Estima-se ainda a necessidade de remanejamento de cerca de 5,9 km nos lotes 3 e 4. Destes, 0,7 km estão em execução pela SCGÁS (altura do km 54), e cerca de 1,5 km aguardam o fim das detonações de rocha executadas pelas empreiteiras do DNIT. No km 64, em um trecho de 0,7 km, a SCGÁS continua aguardando  validação da sugestão do traçado por ela proposto, para evitar novas desapropriações e reduzir os trabalhos de terraplanagem.

Recentemente foi solicitada a priorização das obras no trecho de 3 km, entre os km 60 e 63. O DNIT informou ainda não possuir as desapropriações necessárias, prevendo estas acontecer em setembro/24. A SCGÁS está em fase de elaboração do edital para execução deste trecho. Estima-se que a licitação ocorra ainda este ano. A depender da aprovação dos projetos pelo DNIT, poderá ser o trecho liberado em até 6 meses após a mobilização do novo Contrato.

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