A presença mais uma vez do presidente Bolsonaro em Santa Catarina mostrou que ele tem uma base forte em um estado que lhe deu ampla maioria na eleição. Quanto a isso, nenhuma novidade. A passagem por Joinville e Florianópolis evidenciam isso. Vale para o Norte do Estado, em encontro com lideranças empresariais e políticas, e também para a motociata com apoiadores na capital.

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Sempre é difícil mensurar o tamanho do apoio, o números de pessoas e a densidade eleitoral atualmente. Mas que ele existe é um fato, ainda mais em um Estado com histórico conservador como Santa Catarina.

Entretanto, o presidente perde a oportunidade para atuar como um verdadeiro estadista. O legado prático da visita é nulo. Não creio que o governante – sempre que sai de seu gabinete e vai ao encontro da população nos estados e municípios – precise anunciar algo. Estar presente é importante. As pessoas se sentem prestigiadas. É a representação do poder da esquina da casa do eleitor e do contribuinte.

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O problema é que Santa Catarina tem imbróglios e demandas não resolvidas com a União, e que Bolsonaro poderia e deveria ser o articulador para chegarmos a uma convergência que realmente melhore a vida das pessoas. A indefinição sobre a BR-470 e a nova implicância com a BR-280 são escandalosas.

Tanto no Vale do Itajaí como na rodovia do Norte o pano de fundo é a eleição. Enquanto isso, ficamos sem a estrada pronta, mais congestionamentos, mortes e perda de competitividade.

Bolsonaro perdeu a oportunidade de reunir todos à mesa, chegar a um consenso, botar todos na foto e sair como o mediador de um conflito para o bem de Santa Catarina.

Não é o perfil do presidente.

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