É muito normal e compreensível que durante obras públicas e suas inevitáveis implicações e complicações no trânsito se veja o cavalete com os dizeres “o transtorno é passageiro, mas o benefício será para sempre”. Não é, definitivamente, o caso da revitalização da Avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição, no leste da ilha, em Florianópolis.
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Com atraso e muitos problemas ao longo da obra, que ainda não acabou, faltando finalizar os decks e sinalizar a ciclovia, é quase um consenso de que a obra piorou o trânsito na região.
Entende-se, perfeitamente, o conceito moderno de se humanizar a via com ciclovia e calçadas dignas, mas há um estreitamento de pista com os carros estacionados e as marcações que delimitam o estacionamento que tornam as Rendeiras com pouca margem de manobra.
Hoje, com carros estacionados ao longo da avenida, passa um caminhão de um lado e um ônibus de outro, já é o suficiente para travar tudo. Qualquer obstrução na pista é o suficiente para travar tudo. Um caminhão betoneira estacionado para tudo, um entregador de bebidas, para tudo também. O espaço para os veículos está mais reduzido, mesmo as autoridades afirmando que não, na prática, é o que ocorre.
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O problema ali é que as Rendeiras são a única ligação entre os bairros via leste da ilha. Precisa de fluxo contínuo. Por ali passam ônibus e caminhões que parecem ter espaço diminuído e precisam de mais paciência com um carro na direção oposta ou veículo estacionado para avançar.
Se de um lado ganham o ciclista e o pedestre, de outro; o trânsito, que sempre foi ruim lá, e agravado na temporada de verão, ficou pior com a reforma.
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