O anúncio feito pelo governador Carlos Moisés da Silva de que nenhum professor com 40 horas semanais da rede pública estadual vai receber menos do que R$ 5 mil é motivo de comemoração. O fato surpreendeu até o sindicato da categoria. Excelente medida numa área vital para o desenvolvimento humano e do país.

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A premissa inicial desta coluna é de que a medida é acertada, dando dignidade aos mestres. Estes precisam de uma remuneração justa que lhes dê tranquilidade para o exercício laboral, motivação e atraia jovens para a profissão. O professor valorizado não precisa dar aulas em várias escolas para ter uma renda suficiente, nem depender de aulas particulares para conseguir pagar o aluguel.

Entretanto, a imensa maioria dos estudos empíricos aponta que não há relação entre reajuste de salário e melhora no aprendizado. O aumento salarial, isoladamente, não vai melhorar a qualidade do ensino.

Para o salto de qualidade, precisamos mais do que melhores salários. Além disso, cabe ao poder público garantir a infraestrutura das escolas. Banheiros limpos, material didático moderno, equipamentos, conectividade e uma escola que convide o aluno a entrar, de tão agradável e bem cuidada.

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Aumento para professor é ótima medida, mas isoladamente não representa melhora no aprendizadohttps://t.co/dCLOMrQkH4 pic.twitter.com/CGUmP4GQpq
— renatoigor (@renatoigor) June 16, 2021

É preciso se inspirar nas melhores práticas internacionais.

Para o professor, além do salário reajustado, os países com melhores desempenhos em educação possuem o estabelecimento de metas individuais ou coletivas, capacitação continuada, avaliação e cobrança. Aqueles mais criativos e com melhores resultados precisam ter valorização diferenciada.

E claro, o envolvimento da comunidade na vida escolar.

Aumento para professor é excelente, mas medida isolada não melhora educação

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