O inchaço do gasto público com o aumento descomunal do Fundo Eleitoral, aprovado nesta quinta-feira (15) no Congresso Nacional, escancara a desconexão dos nossos políticos com a realidade brasileira. É um deboche, um escândalo, uma vergonha. É um tapa na cara do servidor que não terá aumento até o final do ano em função da pandemia.

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Uma agressão, em especial, ao setor privado. Ao trabalhador que teve o salário reduzido e que raras serão as categorias profissionais que vão conseguir a reposição da inflação no salário. Ao desempregado sem esperança em conseguir uma vaga. Ao que passou a madrugada no relento em frente a uma agência da Caixa para receber a esmola do auxílio emergencial.

Os parlamentares que aprovaram o aumento de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões no Fundo Eleitoral precisam ter seus nomes expostos. Que o eleitor, tão esquecido e desligado, lembre disso nas próximas eleições e saiba como cada um deles votou.

Como votaram os deputados de SC
Como votaram os deputados de SC (Foto: Arte/NSCTV)

Enquanto isso, o trabalhador sente na própria pele o aumento da gasolina, gás, energia e alimentos com a inflação que sobe. Como será que os proprietários de hotéis de Santa Catarina, que precisaram demitir 60% dos funcionários receberam essa informação? E os donos de bares e restaurantes, onde 40% dos estabelecimentos fecharam as portas e encerraram as atividades em função da crise? E todos os demais empreendedores e microempresários? 

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Parabéns Brasil!

Enquanto o debate for sobre kit gay, ameaça comunista, banheiro unissex, linguagem neutra ou merenda vegana, esquece-se do principal:

Para onde vai o nosso dinheiro.

Senadores

O único catarinense a votar a LDO foi Dario Berger (MDB), contrário à proposta. Esperidião Amin (PP) e Jorginho Melo (PL) não votaram. 

A assessoria de imprensa de Jorginho afirma que o senador estava em compromissos da CPI da Pandemia, mas caso fosse votar, seria contra o aumento do Fundo Eleitoral. 

Já Amin, encaminhou a seguinte resposta à coluna:

“Não votei porque, sendo uma lei muito importante, não houve possibilidade de maior debate sobre Saúde, Educação e Infraestrutura, especialmente no pós-pandemia, e pelo reajuste do fundo eleitoral”.

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