Os auditores fiscais da Receita Federal (RF) querem cobrar mais tributos dos chamados “super-ricos”. O Sindifisco Nacional está em campanha, iniciada em setembro, dos “100 anos do Imposto de Renda no Brasil”, cujo objetivo é “contribuir para a redução da desigualdade no país definindo novas tributações sobre a renda e uma reorganização da administração tributária”.

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— No Brasil, quem tem menos paga mais impostos. Estamos diante de uma realidade injusta que evidencia as desigualdades sociais. O Imposto de Renda tem um grande poder de transformação social e precisa urgente passar por uma revisão criteriosa de isenções e faixas de cobrança do tributo. A partir desta campanha será traçado um diagnóstico com a contribuição das entidades civis e da sociedade. Desta forma, poderemos entregar um projeto inclusivo ao futuro presidente. A ação conjunta busca soluções para um sistema tributário mais progressivo, justo e solidário — explica o Presidente da Delegacia Sindical do Sindifisco Nacional em Florianópolis, Auditor-Fiscal Roger Corrêa.

Tabela do IR

Levantamento realizado pelo Sindifisco Nacional, com base nos dados da declaração de Imposto de Renda de 2021, retrata as desigualdades nas cobranças do IR no Brasil. Por exemplo, no topo da pirâmide social, os contribuintes com renda mensal superior a R$ 334,4 mil pagam uma alíquota efetiva de imposto de 5,25%. Em contrapartida, os brasileiros que ganham entre R$ 5,2 mil e R$ 7,3 mil pagam uma taxa de 4,91%, ou seja, praticamente a mesma alíquota dos “super-ricos”, na definição do Sindifisco.

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A alíquota de imposto segue progressiva até a faixa salarial de R$ 20,9 mil a R$ 31,3 mil, porém, a partir desta faixa de renda, a tributação fica cada vez menor.

O presidente da Delegacia Sindical do Sindifisco Nacional em Florianópolis, Auditor-Fiscal Roger Corrêa, e o vice-presidente da instituição, em Florianópolis, Carlos André Soares Nogueira, participaram do programa Conversas Cruzadas desta segunda-feira (12).

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