O nebuloso caso do filme que ninguém conhece, ninguém viu, mas que custou R$ 1,2 milhão aos cofres públicos de Santa Catarina só piora. A punição dada pelo Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE) pode estar no limite da lei, mas é um culto à impunidade. Os envolvidos no projeto, que tinha como objetivo divulgar Santa Catarina internacionalmente, receberam a punição de não poderem participar de novos certames públicos até que devolvam o dinheiro ou lancem o filme no Brasil e no exterior. É uma gracinha de punição.

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Mas é o máximo que o TCE pode fazer. O caso é de 2014, a prestação de contas foi validada pelo tribunal. Em 2017, o Ministério Público de Contas contestou e apontou que são apenas 14 minutos de cenas gravadas em Santa Catarina e que o filme nunca foi divulgado. 

Por fim, em agosto de 2020, o TCE reprova as contas da “obra” mas, pelo fato de já se passarem cinco anos, não pode mais aplicar multa devido à prescrição punitiva. A demora no julgamento trouxe prejuízo aos cofres públicos, esse é o resultado prático.

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Filme oculto

Ouvido pela repórter Mayara Vieira, da NSC TV, o diretor do filme  The Heartbreaker – O quebrador de Corações, Roberto Carminati, afirma que o filme estrelado por Giovanna Antonelli e o ator americano Todd Rotondi esteve em três salas no Brasil por uma semana em 2012 e teve de 5 a 10 mil espectadores e no exterior, via plataforma de streaming, alcançou 67 mil visualizações. Perguntado onde se poderia assistir ao filme, ele não soube responder. Por enquanto, The  Heartbreaker  é o quebrador do caixa do tesouro estadual.

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