A investigação sobre o ataque contra um caminhão da empresa terceirizada que fazia coleta de lixo em Florianópolis, no dia 12 de março, em Jurerê Internacional,  vai na linha de ligação entre o atentado, com ares terroristas, e a greve de servidores na Capital. Nesta segunda-feira (18), a Polícia Civil realizou uma operação onde cumpriu mandados de busca e apreensão contra quatro pessoas (3 em Florianópolis e 1 em Palhoça). 

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Todos os alvos, informou Ânderson Silva,  aqui no NSC Total,  são ligados ao Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintrasem), segundo apurou a PC.

Esse ataque, com ares terroristas, com a cidade, não pode ficar impune. 

“Até o momento, as investigações identificaram elementos que evidenciam a prova da materialidade e os indícios de autoria do incêndio criminoso e constrangimento ilegal”, disse a Polícia Civil numa nota divulgada na segunda-feira (18). “A Polícia Civil prossegue com as investigações a fim  de buscar a responsabilização dos autores do ato criminoso”, conclui a nota.

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Veja fotos do caminhão incendiado

O vandalismo terrorista ocorreu com criminosos armados que renderam trabalhadores e atearam fogo no veículo que fazia a coleta de lixo no Norte da Ilha. Importante destacar que, no primeiro dia de greve,  37 veículos públicos apareceram com pneus furados no pátio da Comcap. Não há, até o momento, nenhuma conclusão de autoridade policial sobre a autoria de mais esse ato de vandalismo.

No caso do caminhão incendiado, o ataque  foi para impedir qualquer serviço de coleta prestado à população e impor medo. Com a investigação avançada, e a identificação da autoria, espera-se que o caso seja tratado na justiça com a devida celeridade que merece, respeitando, sempre, o direito ao contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal até o trânsito em julgado. 

Fazer reivindicações, em qualquer categoria que seja, é sempre algo legítimo. Mas existe lei que determina, em alguns casos, pelo menos 30% dos serviços mantidos, como os serviços essenciais. A cidade está tomada de lixo. O cenário sanitário só não é pior pois a população de Florianópolis é muito educada. Enfrentamos a dengue, e lixo acumulado nas esquinas só piora a situação. 

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A própria Justiça, aliás, já decidiu na última quinta-feira (14) que a greve dos servidores de Florianópolis é ilegal. Não lembro quando foi o último ano em que a capital ficou sem ter pelo menos uma greve. E quem sofre com isso é a população, que fica sem serviços de educação, saúde e coleta de lixo, entre outros.

Florianópolis não pode mais ficar refém desse tipo de acontecimento.

O que diz o Sintrasem

Em nota, o sindicato se manifestou:

Os diretores do Sintrasem receberam os mandados com muita tranquilidade, pois sabemos que nada de ilícito será encontrado. Os mandados de busca e apreensão efetuados hoje acontecem dentro do contexto de criminalização do sindicato, na tentativa de vincular o Sintrasem e seus diretores a atividades ilícitas. O Sintrasem não teve acesso ao inquérito policial e não podemos nos pronunciar sobre o conteúdo do mesmo, que, aliás, corre em segredo de justiça. Continuamos firmes na defesa dos direitos dos trabalhadores da Comcap e da Prefeitura de Florianópolis.

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