Florianópolis, se não é a capital mais limpa do país, não está muito atrás da cidade que lidera esse ranking imaginário e empírico. A população ajuda, há um histórico de autovigilância — talvez o maior exemplo seja do morador local que cobra do turista o lixo “esquecido” na areia da praia.
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Mas a situação mudou, a capital cresceu, atraiu novos moradores, de diferentes perfis e culturas. Além disso, mudou a gestão de coleta de resíduos e de limpeza urbana. A prefeitura dividiu em duas secretarias separando o recolhimento do lixo da varrição urbana.
O modelo é híbrido de coleta de resíduos sólidos, parte com a desidratada Comcap e parte por empresa terceirizada.
Neste contexto, há ainda os dependentes químicos que reviram os contentores com sacos de lixo no meio da rua. O objetivo ali, no início da noite, é encontrar qualquer objeto que possa ser trocado por uma pedra de crack.
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Não há sistema de limpeza urbana que dê jeito nisso. Pode ser o modelo dinamarquês, alemão ou japonês. Empresa privada, terceirizada, concessão, autarquia Comcap ou seja o que for. Não há sistema de limpeza urbana que resolva esse problema que é social, de segurança pública, sanitário e de saúde pública.
A coleta de lixo não é responsável e nem há como recolher o lixo com o caminhão e fazer a varrição. E a varrição de rua, se chegar, será no dia seguinte.
E tem mais: em meio à crise climática, são mais temporais, chuvas intensas e frequentes. E esse lixo entope as galerias pluviais.
O secretário municipal de Limpeza e Manutenção Urbana de Florianópolis, Ivan Luiz Ceola Schneider, confirmou, em entrevista à CBN Floripa, a “dificuldade recente”.
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Disse que “é preciso cuidado para não piorar” e que o caminho é buscar “soluções tecnológicas”.
É esperar para ver os resultados, até então não apresentados.