Nada como a dificuldade imposta pelos fatos para conhecermos a realidade. O assalto a banco em Criciúma escancara a precariedade na integração entre os órgãos de segurança no Brasil. Os peritos do Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP-SC) recolheram amostras de sangue no chão da agência bancária do Banco do Brasil e na calçada da mesma agência bancária. Esse material será analisado em laboratório.

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O Diretor-Geral do IGP/SC, Giovani Eduardo Adriano, explicou a dificuldade imposta pelo fato de não termos um Banco de Identificação Civil Nacional.

— Nós precisamos ligar de Estado em Estado para identificar um criminoso. Em alguns destes Estados o processo é manual ainda — lamenta Giovani.

Ele explica que é possível uma pessoa fazer 27 carteiras de identidade diferentes no país, uma em cada Estado. O diretor do IGP disse ainda que “não se tem uma bola de cristal para prevenir esse tipo de crime”. 

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A entrevista foi concedida ao CBN Total desta terça-feira (1). Ouvinte do programa, o delegado aposentado da Polícia Federal (PF), Roberto Schweitzer, mandou mensagem e disse que quando fez a curso de agente na academia da PF já havia pronto um estudo para a criação da Identidade Única do brasileiro. Isso foi em 1972. 

Na época, conta o delegado, houve resistência dos Estados e não foi adiante.

Acompanhe a entrevista com o Diretor-Geral do IGP/SC, Giovani Eduardo Adriano:

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