O debate com os candidatos ao governo do Estado, realizado na noite desta terça-feira (27), começou forte, com a metralhadora giratória verbal e inesperada de Jorge Boeira (PDT), ao criticar a compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões pelo governo do Estado e dizer que a recuperação do dinheiro foi “desroubada” e citou a “turma do boquinha” no auge da pandemia, falou na prisão de Gean Loureiro quando foi prefeito de Florianópolis, que “Ralf Zimmer espanca a própria mulher”, “Odair Tramontin recebe R$ 70 mil de salário do Ministério Público (MP-SC) estando licenciado” e finalizou a sua primeira participação afirmando, em tom de deboche, que “Décio Lima quer provar que Lula é inocente”.
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Esta fala inicial já deu o tom do debate: seria mais de lacradas, acusações e poucas propostas. A fala de Boeira marcou os extremos do debate, o início e o fim, que registraram os momentos mais tensos e com frases e citações com o objetivo de produzir bons momentos nas campanhas em recortes “lacradores” nas redes sociais.
Difícil saber se haverá algum impacto no cenário atual depois da última pesquisa Ipec. Além das frases que serão usadas nas redes dos candidatos, o que promete trazer maiores desdobramentos, inclusive jurídicos, será a acusação feita, no final do debate, pelo governador Carlos Moisés a Jorginho Mello, quando afirmou que o candidato do PL o procurou no início do governo para que não “mexesse em um contrato” que seria importante para ele.
Foi o embate mais sério entre os dois que lideram as pesquisas e, a depender das implicações jurídicas e desdobramentos deste conteúdo, poderá gerar respingos eleitorais para ambos.
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