O governo de Carlos Moisés tem resultado econômico. É uma gestão que saneou o Estado, equilibrou as contas, investe com recursos próprios, sem financiamentos e com reconhecimento pelo próprio Tribunal de Contas (TCE-SC), e ainda paga com recursos próprios obras federais negligenciadas historicamente pelo governo federal.

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Entretanto, os impressionantes R$ 645 milhões economizados anualmente com a revisão de contratos, enxugamento da máquina e digitalização de processos correm o risco, para quem busca a reeleição, de fazerem menos sentido ao contribuinte do que o uso de avião para viagem pessoal do governador e o coffee break de R$ 19 mil em um evento para 300 pessoas que celebrava a entrega da aeronave alugada para o transporte de presos do sistema penitenciário. Sem falar do escândalo da compra dos respiradores.

É preciso reconhecer que o incremento da receita e a revisão de R$ 645 milhões/ano nos contratos dos governos anteriores – muitos denunciados na Operação Alcatraz – apresentam muito mais resultado positivo aos catarinenses do que os R$ 33 milhões da compra dos respiradores (já com bloqueio judicial), o gasto com as aeronaves ou os R$ 19 mil gastos com o voulevant de atum e canapés de ricota mel e figo desfrutados, no evento no âmbito da Secretaria de Administração Prisional.

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Também, o trabalho realizado pela Controladoria-Geral do Estado, que apresentou R$ 201,7 milhões em benefícios para os cofres estaduais em 2021, que em grande parte (R$ 145,6 milhões) são de benefícios efetivos, recursos que deixaram de sair ou voltaram para o caixa do executivo estadual por conta de trabalhos realizados pela CGE, criada por Moisés.

Afinal, é em função do corte na sangria da corrupção que drenava recursos públicos e do aumento da arrecadação que se liberou recursos para as prefeituras iniciarem obras esperadas há anos e se investissem volumes históricos em educação e infraestrutura.

Mas, não se pode menosprezar as denúncias do deputado Bruno Souza (NOVO). Há mérito nisso. É dever do legislador fiscalizar o Poder Executivo. E, independente do valor, trata-se de imagem e sinalização.

A economicidade real e a contabilidade são fundamentais, mas muito abstratas para o cidadão. Sem falar na hipocrisia, pois muitos que criticam Moisés batem palma para as motociatas e férias milionárias do presidente Jair Bolsonaro. Mas, é uma realidade política que não pode ser ignorada. O governo falhou quando não comunicou devidamente como seria o uso das aeronaves e falha, novamente, ao oferecer uma Festa de Babette bancada com recursos públicos. Não é razoável, nem aceitável.

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Há inquestionáveis avanços de gestão financeira, controle e entregas à população, mas o governo não pode tropeçar em casca de banana deixada por si próprio. É preciso responder.

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