Os turistas argentinos temem voltar a Santa Catarina via terrestre e com a placa do carro do país vizinho. Segundo o cônsul da Argentina em Florianópolis, Federico Costa, os marginais identificam os turistas estrangeiros pela placa do carro e estes sofrem furtos. Na última terça-feira (7), a coluna publicou um contundente texto de Federico em que ele reclama da situação, apontando que 70% dos atendimentos realizados pelo consulado são casos de furtos.
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Ele afirmou, ainda, que os hermanos se sentem “inseguros e desprotegidos” e disse que “os argentinos vão pensar duas vezes antes de voltar para Santa Catarina”.
A coluna conversou com o cônsul da Argentina em Florianópolis, confira:
1- O senhor disse que os argentinos irão pensar duas vezes antes de voltar para SC. O senhor, na condição de turista, voltaria?
Como turistas, reconsideraríamos voltar, sobretudo se tivéssemos placa argentina.
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2- quais os casos mais graves que o consulado registrou de furto tendo os argentinos como vítimas?
Casas alugadas que são depredadas, esvaziadas, roubos de veículos (um deles, dentro do estacionamento de uma pousada), roubo de dinheiro, de objetos de valor, de documentação, etc.
3- Os argentinos que procuraram o consulado, fizeram o Boletim de Ocorrência na polícia após serem vítimas de crimes?
No modo geral, sim.
4- o consulado procurou ou vai procurar as autoridades brasileiras para tratar do caso?
A principal função do Consulado argentino em Florianópolis é a de realizar tudo que estiver ao seu alcance, para dar assistência aos argentinos em Santa Catarina, prezar por seu bem-estar, e garantir para eles um tratamento digno e igualitário. Vamos continuar fazendo precisamente isso.
A Polícia Militar e a Polícia Civil de Santa Catarina contestaram as informações do cônsul e disseram que os crimes contra os argentinos estão em queda.
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Confira a nota da PM-SC e PC-SC:
O Estado de Santa Catarina comemora a Temporada de Verão que, até o momento, está sendo a que mais recebeu turistas nos últimos anos, especialmente para quem veraneia no norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis.
A expectativa, segundo a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) é de que estamos recebendo cerca de 40% de turistas a mais do que no ano anterior.
Neste sentido, a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), através do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM), responsável pelas praias de maior fluxo de turistas nesta região, registra também um índice histórico no mês de janeiro de 2023.
Foi uma temporada aguardada especialmente após um longo período de pandemia. As ações de Ordem Pública vêm trazendo resultados não só para a população local, de aproximadamente 200 mil pessoas, mas também dos milhares de turistas, brasileiros, argentinos e estrangeiros, alcançando os melhores índices de diminuição de homicídios em 16 anos.
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Não houve até o momento nenhum registro de mortes violentas intencionais (homicídios, latrocínios e/ou confrontos policiais) neste período. Os crimes também se refletem na diminuição de crimes contra o patrimônio, de menor gravidade, especialmente furtos.
O reflexo da atuação da PMSC, em conjunto com as demais forças de segurança, decorre das apreensões realizadas. Somente em 2022 foram 57 armas apreendidas no Norte da Ilha de Santa Catarina. Isso significa que, quanto menor for o número de armas nas mãos de criminosos teremos um resultado em índices menores de homicídios e a maior percepção de segurança dos turistas e dos moradores.
No que se refere à manifestação do Cônsul Argentino em matéria veiculada na coluna do jornalista Renato Igor, na NSC total – 2023, os números da PMSC não refletem a realidade sugerida pela autoridade estrangeira.
Quanto aos turistas argentinos, a PMSC registrou em 2023, até o momento, três crimes contra o patrimônio no Norte da Ilha e 13 ao longo de todo o litoral catarinense, significando, em relação ao número total de turistas daquele país, um pequeno índice frente à grande temporada de verão apresentada.
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No comparativo geral, as ocorrências envolvendo argentinos diminuíram 20% em relação ao mesmo período do verão de 2019-20, antes da pandemia. Só em Florianópolis a redução foi de 27%
Na Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), até o momento, foram registrados 20 Boletins de Ocorrência (BO) por turistas estrangeiros e, além de buscar ajuda na delegacia mais próxima, a PCSC tem a Delegacia de Proteção ao Turista (DPTUR) – com unidades localizadas no Aeroporto e na Rodoviária – sempre disponível para atender os turistas. Para oferecer ainda mais tranquilidade aos viajantes, a DPTUR irá lançar uma Cartilha com dicas de prevenção em espanhol para atender os turistas que vem principalmente da Argentina e do Chile.
A Polícia Militar e a Polícia Civil alertam para que os casos de furto e roubo, sejam reportados aos órgãos policiais e, assim poderão ser determinados ações preventivas e repressivas em prol dos turistas.
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