A disputa política e eleitoral não prejudicam apenas a duplicação da BR-470, em Santa Catarina. Outra rodovia importante, a BR-280, no norte do Estado, também corre o risco de sofrer um revés devido à disputa eleitoral.
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O pano de fundo são os dividendos políticos que o governador Carlos Moisés da Silva pode obter em caso de conclusão das obras antes da eleição de 2022.

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O imbróglio, desta vez, não tem relação com os R$ 350 milhões de reais que a Alesc aprovou após o governo catarinense enviar o projeto que doa este volume financeiro para obras federais nas BRs 470, 280 e 163.
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O trecho da doação de R$ 50 milhões para a BR-280 fica entre a BR-101 e São Francisco do Sul, onde não há polêmica.
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O problema se dá na área já estadualizado em convênio firmado em 2017, no governo de Raimundo Colombo, e que fica entre Guaramirim e Jaraguá do Sul. São 9,5 km e a obra iniciou já no governo Moisés. A pavimentação da duplicação já está concluída, mas faltam sete obras de arte, como elevados e rotatórias.
No final de 2020, o Dnit comunicou que não iria fazer as desapropriações necessárias. Então, a Secretaria de Infraestrutura (SC) decidiu que bancaria o custo das indenizações. Mesmo assim, o órgão federal pediu que todo processo passasse por Brasília.
As autoridades catarinenses não concordam. Elas acreditam que levar as negociações de todas as desapropriações irá atrasar e dificultar mais os processos. São R$ 30 milhões necessários, aproximadamente, para as desapropriações. Trata-se, atualmente, da maior obra com recursos públicos em Santa Catarina.
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O Estado acredita que se continuasse a conduzir os trabalhos, inclusive os processos de desapropriações, os 9,5 quilômetros estariam 100% concluídos no início do segundo semestre de 2021, antes das eleições.
É justamente esse o “problema” e os motivos da resistência.
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